Em casa, o Nestlé/Osasco atropelou o Rexona
Ades e venceu por 3 sets a 2 na noite desta segunda-feira. Com o ginásio Prof. José Liberatti lotado a torcida
esquentou ainda mais o jogo, que contou com a brilhante atuação da cubana
Kenia Carcaces. Veja mais imagens a seguir.
21/03/2016
20/03/2016
Contrariando as ideias do grupo!
Especialistas defendem que adolescentes com autoestima não cedem
às pressões do grupo
Foto: Divulgação |
A chegada numa nova
escola ou mesmo uma mudança de bairro, cidade ou estado provoca a entrada em algum
grupo, e isso é um acontecimento inevitável durante a adolescência. Na
puberdade, então, o jovem não se contenta mais em ter apenas os pais como
referência e a partir daí começa a buscar em outros lugares, quem o ajude a se
firmar como alguém que não é mais criança, mas ainda não chegou à fase
adulta. O problema é que, por medo do isolamento, muitos jovens adotam
comportamentos sem questioná-los.
Para o psicólogo Marcelo
Quirino, que atua no Centro de Referência e Tratamento da Criança e
Adolescente, no Rio de Janeiro ao mulher.uol.com.br,
"O grupo oferecerá ao adolescente outra forma de convivência e a possibilidade de compartilhar os mesmos problemas, com a mesma linguagem. O coletivo gera bem-estar psíquico e estimula o desenvolvimento afetivo e social do adolescente".
"O grupo oferecerá ao adolescente outra forma de convivência e a possibilidade de compartilhar os mesmos problemas, com a mesma linguagem. O coletivo gera bem-estar psíquico e estimula o desenvolvimento afetivo e social do adolescente".
Ainda a a psicóloga
Elisa Villela, doutora em desenvolvimento humano pela USP (Universidade de São
Paulo) para o mulher.uol.com.br,
revela que é muito comum encontrar turmas de adolescentes que se vestem e falam
de forma parecida, pois, para se sentir aceito e seguro naquele ambiente, todos
incorporam hábitos e ideias comuns. "O adolescente ainda não sabe quem ele
é, mas precisa sentir que pertence a um grupo", afirma a psicóloga.
Segundo a especialista,
o grau de influência que os colegas terão sobre uma pessoa depende dos valores
que foram transmitidos a ela durante a infância. E é nesse ponto que os pais
devem prestar atenção.
"Na adolescência, a personalidade está sendo sedimentada, mas a base da autoconfiança já existe. Se a criança cresceu muito dependente dos pais, pode ser que chegue à puberdade sem força suficiente para contrariar as ideias do grupo", explica Elisa.
"Na adolescência, a personalidade está sendo sedimentada, mas a base da autoconfiança já existe. Se a criança cresceu muito dependente dos pais, pode ser que chegue à puberdade sem força suficiente para contrariar as ideias do grupo", explica Elisa.
Também a terapeuta familiar Quézia Bombonatto,
diretora da ABPp (Associação Brasileira de Psicopedagogia), defende para o mulher.uol.com.br
que a autoestima de um adolescente deve ser desenvolvida anos antes. "Para
crescer segura, a criança tem de perceber que é ouvida pelos pais, ter espaço
para expor ideias e ser reconhecida por isso. Quando ela se sente valorizada na
família, também se sentirá no ambiente social", diz.
No entanto, para
alcançar bons resultados, Elisa defende que os pais podem aprender sobre o
universo adolescente ao observar de perto as amizades do filho. "Não é
querer ser parte da turma, mas estar próximo". O objetivo é perceber quais
ideias e valores o grupo tem e, a partir disso, discutir temas e incentivar as
boas práticas. Para isso, vale marcar reuniões da galera em casa ou se oferecer
para levar ou buscar em uma festa.
Assuntos mais espinhosos
como uso de drogas, consumo de bebidas alcoólicas einiciação sexual devem ser dialogados corretamente.
"Muitos pais dizem que conversam com os filhos, mas, na verdade, apenas
passam informações e ameaças. Uma conversa exige que um ouça o outro com
respeito. Tem de haver orientações, colheita de sugestões e pensamento coletivo
sobre um problema", afirma Quirino.
Pode ser mais fácil
abordar os temas de maneira indireta. "Durante um jantar, por exemplo,
você comenta, sem julgar: 'Você viu aquela menina que engravidou com 15 anos?
Como será que vai ser a vida dela?' Então, fala sobre a importância de se
cuidar e se prevenir das doenças sexualmente transmissíveis", fala Elisa.
Ao saber o que se passa
no grupo de amigos, o pai também tem a chance de dizer ao filho por que não
gosta de uma atitude ou a considera inadequada. Dessa forma, o adolescente
aprende a questionar os posicionamentos do próprio grupo em relação a esses e
outros temas.
Se for o caso, o adulto
também poderá intervir diante de alguma atitude coletiva contrária aos valores
da família. "Não é porque todos os amigos saem e voltam para casa às cinco
da manhã que você vai deixar também", afirma Quézia.
Veja também no http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2016/03/18/adolescente-com-boa-autoestima-nao-cede-as-pressoes-do-grupo.htm
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