20/05/2017

Cadê o povo?

Muitos de nossos males teriam sua origem na falta de espirito cívico e de amor ao próximo?

Foto: Divulgação


Nestes dias de delação premiada, lava jato, violência e tantas outras no nosso país, há um ausente dentro de tudo isso, o povo. Claro, pedimos tantas coisas, já saímos às ruas, pedindo intervenções públicas a altura da violência que faz parte do nosso dia a dia ou mesmo a saída do politico A ou B. Mas na verdade, em ambos os casos muitos ficam esperando um socorro ou a salvação em casa. Aí alguns se perguntam o que fazer?
Pois é, porque não uma manifestação de massa, silenciosa, sem palanques só para afirmar que, seja qual for à convicção política individual de cada pessoa, as ruas da cidade são nossas, não da violência, não do político. Precisamos parar de deixar a responsabilidade da educação das crianças com o desconhecido, que recebe o salário. Assim é a nossa cidade, o nosso país, temos que participar e parar de assistir de casa o que decidem por nós.
Em tempos de copa do mundo, somos capazes de parar tudo; bancos, repartições e comércios ou quando recebemos o chamado “Toque de recolher”. Será que não conseguiríamos parar a cidade ou o país para proclamar que ambos nos pertence?
No entanto, é preciso atenção quanto a buscar os nossos direitos. E isso, porque muitos consideram o que o politico ou o bandido do bairro fez, como imperdoável. Mas não deixa de cometer suas “pequenas infrações”.  Além daqueles que durante uma manifestação ou mesmo para demonstrar sua insatisfação com a falta de ônibus nas ruas, tentam queimar e impedir que os poucos existentes circulem, quer dizer, pensa em si próprio porque não conseguiu chegar ao trabalho e não pensa no outro que está no ônibus segundo para mais uma labuta.
Isso confirma que muitos não entendem que o público é nosso, sim, as ambulâncias e os ônibus, por exemplo, são privados, mas seu serviço é nosso e o mesmo vale para os bancos, as lojas. Agora falando da roubalheira da política, eles pensam apenas no próprio umbigo e nem ao menos se lembram de que estão tirando o alimento da boca de um inocente. Mas falar da política e da violência é saber que os momentos de crise podem ser ocasiões de mudanças decisivas. Muitas vezes não a que esperamos, mas, sobretudo de espirito e muitos de nossos males tem sua origem na falta de espirito cívico, na falta de amor ao próximo.
Como você acha que o crime organizado na cidade ou na política se sentiria num lugar, onde milhões de pessoas saíssem às ruas afirmando a vontade de viver sem medo, cobrando os direitos de ter uma vida de qualidade. Sem o egoísmo de queimar o ônibus que o outro está utilizando porque o seu não passou. Será que todos querem esse lugar? Então, é hora de mostrar quem manda na casa.

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