A estagiária Ester Elisa da Silva Cesário, de 19 anos, denuncia diretora do Colégio Internacional Anhembi Morumbi por racismo, e diz que diretora do colégio sugeriu que ela alisasse o cabelo. Nesta terça-feira, representantes do movimento negro da União de Núcleos de Educação Popular para Negras/ os e Classe Trabalhadora (Uneafro), fizeram manifestação em frente ao Colégio Anhembi Morumbi, no Brooklin, em apoio à estagiária e exigindo a implantação da lei 10.639, que determina o ensino da cultura afro-brasileira nas escolas.
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Ester registrou um boletim de ocorrência afirmando que a diretora do colégio chamou sua atenção duas vezes e sugeriu que alisasse os cabelos crespos para assim prezar pela “boa aparência”. O colégio apresenta sua versão dizendo que não houve racismo e a diretora não teve intenção de causar qualquer constrangimento. Pois a instituição tem normas em relação à vestimenta e pede que os funcionários usem uniformes e cabelos pesos.
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Os manifestantes presentes mostraram sua insatisfação através de cartazes pedindo por reparações e indenizações as vitimas do racismo, informa reportagem de Marina Morena Costa, publicada pelo Ultimo Segundo. IG. Luka Franca, 26 anos, negra e militante da Uneafro, avalia que a escola está reafirmando o padrão branco de beleza ao exigir que as funcionárias prendam ou alisem os cabelos crespos. “Instituições de ensino de qualidade são onde deveria acontecer o debate democrático e onde está se formando a nossa sociedade. É muito grave que casos de racismo aconteçam nestes ambientes”, aponta.