29/01/2012

Os países com maiores impostos e menor retorno para a população


foto: Divulgação

O Brasil lidera lista dos países com pior retorno à população do dinheiro arrecadado com impostos, segundo o estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), dentre 30 países pesquisados, o Brasil é que oferece o pior retorno em benefícios à população dos valores arrecadados por meio dos impostos.
Segundo informação da reportagem de Eduardo Tavares, EXAME.com, o levantamento avaliou os países com as maiores cargas tributárias do mundo, relacionado estes dados ao Produto Bruto (PIB) e ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de cada nação. O resultado é expresso no Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (IRBES).
No Brasil, a carga tributária equivale a 35,13% do PIB. Em 2011, o IRBES do país foi de 135,83 pontos, o pior resultado no grupo de 30 economias pesquisadas. Itália, Bélgica e Hungria vêm em seguida no ranking (veja abaixo as 10 primeiras posições).
Nações como Grécia, Uruguai e Argentina estão bem à frente do Brasil no que se refere ao retorno à população dos impostos arrecadados. O melhor resultado é o da Austrália, que tem uma carga tributária de 25,90% do PIB, com um índice de retorno de 164,18 pontos.
Países como Dinamarca, Noruega e Finlândia, conhecidos por oferecer serviços de alta qualidade a suas populações, entram na lista dos piores retornos por causa da elevada carga tributária.
A Austrália tem uma carga tributária de 25,90% do PIB, quase metade da dinamarquesa (44,06% do PIB). O IDH australiano, entretanto, é de 0,929, enquanto que o da Dinamarca é de 0,895. Segundo a reportagem de Eduardo Tavares, “Países que oferecem melhores retornos à população, como no caso da Austrália, conseguem manter um IDH elevado com menos recursos do que, por exemplo, a Dinamarca e a Noruega”.
O Brasil tem uma das cargas tributarias mais elevadas do mundo. Atualmente, ela corresponde a, aproximadamente, 37% do PIB (Produto Interno Bruto), a seguir veja a lista dos principais impostos cobrados no Brasil, são:
    Federais
- IR (Imposto de Renda) - Imposto sobre a renda de qualquer natureza. No caso de salários, este imposto é descontado direto na fonte.
- IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados.
- IOF - Imposto sobre Operações Financeiras (Crédito, Operações de Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários).
- ITR - Imposto Territorial Rural (aplicado em propriedades rurais).
Estaduais
- ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
- IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (carros, motos, caminhões).
Municipais
- IPTU - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (sobre terrenos, apartamentos, casas, prédios comerciais)
- ITBI - Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis e de Direitos Reais a eles relativos
- ISS - Impostos Sobre Serviços.

Os impostos incidem sobre a renda de salários, lucros, ganhos de capital e patrimônio terrenos, casas, carros, etc, das pessoas físicas e jurídicas. Para a utilização do dinheiro proveniente da arrecadação de impostos não é vinculada a gastos específicos, sendo o governo que com aprovação do legislativo, é quem define o destino dos valores, através do orçamento.
O país arrecada demais e oferece baixo retorno em serviços à população, o valor é arrecadado pelo Estado (governos municipal, estadual e federal) e servem para custear os gastos públicos com saúde, segurança, educação, transporte, cultura, pagamentos de salários de funcionários públicos, etc. O dinheiro arrecadado com impostos também é usado para investimentos em obras públicas (hospitais, rodovias, hidrelétricas, portos, universidades, etc).
A pesquisa mostra uma verdade que estamos vivendo no Brasil, pois alunos saem da escola sem saber ler, escrever, professores e funcionários perderam o seu devido valor; na saúde esperam-se anos para conseguir realizar um exame para diagnostico, no transporte sempre tem reajuste e as melhorias nunca vêm inclusas no pacote, e não existe investimento eficaz para estes e outros problemas.

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