A falta de confiança tem impedido mulheres de evoluírem
em carreiras corporativas ou negócios próprios
Foto: Divulgação
Tanto no ambiente de trabalho
quanto na vida pessoal a dúvida nunca
levou ninguém a lugar algum. Entretanto muitas mulheres estão deixando a vida
passar e perdendo grandes oportunidades não só por causa da dúvida entre o que
seria melhor, mas por se posicionar sempre colocando o termo “se” ou “complementando
isso”.
Este foi o tema discutido no
artigo da jornalista Cynthia de Almeida para a revista Claudia deste mês. Segundo o texto, muitas mulheres principalmente
em ambientes de trabalho como numa mesa de reunião com homens, por exemplo, ao
fazer uma intervenção já começam com “só para”....ou “só uma observação”....ou “só
complementando”. Os homens preferem falar direto o querem dizer, e isso dispensando o “só para”.....na frente.
Ainda o uso excessivo da
expressão que em inglês significa “justto” já virou objeto de estudo
neurocomportamental nos Estados Unidos, e revela, segundo pesquisadores, falta
de confiança. Sendo assim, é como se antes mesmo de se manifestarem, as
mulheres já se sentissem obrigadas a abreviar o assunto ou justificar, seja lá
o que venha a seguir. Defendido pelo artigo como parente da mania de pedir
desculpa a cada atitude ou palavra, o uso do adverbio “só”, seguido da
preposição “para” no inicio da fala, indicaria a intenção de minimizar o que
vem depois, como se o que você quisesse dizer não se sustentasse em pé.
o aumento dos anos de estudos das mulheres ainda não se refletiu em promoção, reconhecimento e igualdade de salários/ Foto: Divulgação
Almeida defende que pode ser
considerado um vicio bobo de linguagem, mas, se considerarmos o aspecto da
falta de confiança, entenderemos que é mais grave que um simples cacoete. Ainda sobre isso, saber levantar a mão com determinação (não com o bracinho meio tímido)
para pedir a palavra em um auditório é outro exemplo sobre confiança e o que
garante a palavra ao que pede. A insegurança ao se expressar tem o efeito
nocivo de introduzir uma dose de desimportância ao que se quer comunicar. E como
resultado, prestamos menos atenção no que vem a seguir ou temos menos paciência
caso a pessoa demore a finalizar. E tudo isso tende a piorar a nossa
autoestima.
Segundo Almeida, a autoconfiança
ou falta dela é o que impede as mulheres de evoluírem em suas carreiras
corporativas ou negócios próprios. É ela,
a raiz de um suposto perfeccionismo, que se traduz em agir como se estivéssemos
menos preparada para a função e para resolver a questão “dali estudo, dá-lhe
superqualificação. Nada contra a dedicação à formação, atitude muito bem-vinda,
mas, como mostram os índices de estagnaçãona ascensão das mulheres a cargos seniores e ao topo das empresas, o
aumento dos anos de estudos das mulheres ainda não se refletiu em promoção,
reconhecimento e igualdade de salários”, destaca a autora.
Ela também destaca uma das
autoridades em assuntos femininos ligados a negócios, a americana Irene
Natividad, presidente Global Summit of Women (espécie de Fórum de Davos das
mulheres, que fará sua próxima edição no Brasil, em maio), e que defende a importância
em investir em autoconfiança. “Acrediteem você em primeiro lugar. Se não fizer isso, ninguém fará. Olhe para os
homens: a maioria não sabe de nada”, diz Irene entre risos, “embora aja como se
fosse o máximo”.
Ainda no rasto da autoconfiança
masculina, ela destaca que vem outra vantagem competitiva: pois eles falam sem
modéstia sobre si mesmo e suas realizações. E até pecam pelo excesso, mas nunca
deixarão de abraçar oportunidades por não se considerarem a altura ou de ser
promovidos por falta de marketingpessoal. Daí destaca “Quem pode condena-los?”. “Já nós continuamos usando o
“só para....” e achando que precisamos
de não ser quantos diplomas para nos sentirmos preparadas”. Almeida destaca a
afirmação de Irene quando diz: “A verdade é que as mulheres já sabem muito. E está
na hora de pôr tudo o que já aprenderam no trabalhoa serviço delas mesmas”.
Então, como defende o artigo de
Almeida “só para” concluir a dica é comece a acreditar mais em você. Ainda para
reforçar o que diz a autora vale lembrar-se de uma passagem do livro Sagrado
que diz: “Sê forte e corajoso?” –
Josué 1.8. Essa palavra também vale para nós mulheres.....
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