Para a maioria dos brasileiros, a presidente mentiu
durante a campanha à reeleição
Foto: Divulgação
As coisas não andam nada bem para a presidente
Dilma Rousseff, isso porque o início do segundo mandato já foi marcado com seu
pior índice de aprovação desde que tomou posse, em janeiro de 2011. E ao que tudo indica nada melhorou.
De acordo com pesquisas do Instituto Datafolha,
atualmente, 23% dos brasileiros adultos avaliam a gestão da petista como ótima
ou boa, enquanto 44% a consideram ruim ou péssima. E 33% que avaliam o governo
Dilma como regular, e 1% não opinou. Já na comparação com dezembro de 2014,
houve queda expressiva na taxa de aprovação da presidente (à época, 42%
consideravam seu governo ótimo ou bom), e alta na reprovação (24% de ruim ou
péssimo, 20 pontos a menos do que atualmente). Na série histórica de avaliações
do governo Dilma, seu pior índice de aprovação, até então, havia sido
registrado no final de julho de 2013 (30%), e o seu melhor índice, em março do
mesmo ano (65%).
Os dados afirma que a popularidade da presidente
está lá em baixo, quando mostra que a aprovação a Dilma caiu em todos os
segmentos da população e não especificamente a determinado grupo. Mesmo em
estratos em que o apoio a petista se mantém acima da média, houve queda
significativa. Entre os menos escolarizados, por exemplo, 31% aprovam seu
governo atualmente, índice que era de 54% em dezembro do ano passado. Na
parcela dos mais pobres, com renda mensal familiar de até 2 salário, a
aprovação caiu de 50% para 27% no mesmo período. No Nordeste, foi de 53% para
29%, e no Norte, de 51% para 34%.
De modo geral, os segmentos em que Dilma enfrente
seus piores níveis de aprovação hoje são: jovens de 16 a 24 anos (19%);
brasileiros com ensino médio (19%) e curso superior (16%); brasileiros com
renda mensal familiar de 5 a 10 salários (16%) e mais de 10 salários (17%);
residentes no Sudeste (19%) e em cidades com mais de 500 mil habitantes (17%).
De 0 a 10, a nota média atribuída ao desempenho da
presidente Dilma Rousseff nos seus quatro anos e um mês de governo é 4,8, o que
também representa sua pior nota desde a posse, em 2011.
Dentre os motivos, para a maioria dos brasileiros,
a presidente Dilma Rousseff mentiu durante a campanha à reeleição. Esse grupo
inclui aqueles que acreditam que ela disse mais mentiras do que verdades
durante a campanha (46%), os que avaliam que disse somente mentiras (14%). A
parcela dos que acreditam que a petista disse somente verdades soma 8%, há 25%
para quem houve mais verdades do que mentiras, e há 8% que não opinaram sobre o
assunto.
Isso sem falar que a imagem da presidente diante
dos brasileiros também piorou na comparação com levantamentos anteriores.
Atualmente, 50% a consideram indecisa, 46%, decidida, e 3% não têm opinião a
respeito. Em abril de 2012, um ano e três meses após assumir, na última
pesquisa em que esses atributos foram avaliados, 82% a apontavam como decidida,
e somente 15%, como indecisa. Dois em cada três brasileiros (66%) avaliam a
presidente como muito inteligente, e 31%, como pouco inteligente (4% não
opinaram). Em abril de 2012, a taxa dos que a apontavam como muito inteligente
alcançava 84%, e somente 10% diziam que era pouco inteligente.
No mesmo período, a taxa dos que a avaliam como
sincera caiu pela metade (de 73% para 35%), enquanto subiu de 13% para 54% a
dos que a consideram falsa - 11% não opinaram na pesquisa atual, e 14% na
realizada em 2012. Também foi consultada pela primeira vez a imagem sobre a
honestidade da petista, e 47% a avaliaram como desonesta. A fatia dos que a
apontaram como honesta soma 39%, e 14% não opinaram.
O desempenho da presidenta na área econômica, atualmente,
é pior do que na área social: 20% avaliam a gestão econômica da petista ótima
ou boa, 43% acham que é ruim ou péssima, e para 35%, é regular. Na área social,
32% avaliam seu desempenho como ótimo ou bom, 38%, como regular, e 27%, como
ruim ou péssimo. Parcelas iguais, de 2%, não opinaram sobre esses temas.
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