07/12/2013

Maternidade e maturidade

Os avanços nas técnicas de reprodução assistida aumentam a chance de gravidez

Foto: Divulgação 

 As brasileiras engravidam menos e em idade cada vez mais avançada. De acordo com as estatísticas do Registro Civil do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 26,3% das mulheres que tiveram filhos em 2008 no Brasil tinham mais de 30 anos. Em 10% dos partos, as mães estavam na faixa entre 25 e 49 anos.
Seja para priorizar a carreira, alcançar estabilidade financeira ou aproveitar melhor a vida sem filhos, as mulheres têm adiado a realização do sonho da maternidade. Entretanto, a gravidez tardia também está associada a alguns riscos que precisam ser considerados, como a dificuldade para engravidar, já que a fertilidade diminui drasticamente com a idade.
Especialistas revelam que mulheres já nascem com um número limitado de células germinativas que com o envelhecimento sofrem alterações genéticas, com maior probabilidade de doenças hipertensivas, diabetes gestacional, aborto espontâneo e parto prematuro. Os riscos mais significativos são as anomalias cromossômicas, responsáveis por doenças como a Síndrome de Down, que afeta um em cada mil nascidos vivos de mulheres com idades entre 20 e 35 anos, entre 26 a 40 anos, este número cai de um para cada 350 nascidos e a partir dos 41 anos cai de um para 70 nascidos.
Porém, os riscos da gestação na maturidade podem ser contornados com um acompanhamento pré-natal adequado e com a adoção de cuidados adicionais com a saúde, pois quanto mais saudável estiver a mulher, maior a chance de que os nove meses de gestação transcorram com tranquilidade.
Além disso, os cuidados com a alimentação, com o ganho de peso e com as doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, devem ser intensificados. É importante ficar atento aos problemas na tireoíde, que são os mais comuns em pessoas acima dos 35 anos e podem interferir na gravidez. Também é fundamental que o diagnóstico de hipotireoidismo, por exemplo, seja feito logo no início da gestação, pois a falta de hormônios tireoidianos podem afetar o desenvolvimento do bebê, provocando retardo mental e atraso no crescimento.
Para identificar essas doenças, no entanto, não é necessário mais do que exames comuns de pré-natal, indicados pelo médico. Outros procedimentos, como a biópsia do vilo corial e a amniocentese, são solicitados pelo obstetra em casos especiais, quando há suspeita de alterações cromossômicas causadoras de síndromes genéticas.
A maternidade na maturidade é uma escolha pessoal que pode ser adiada até que o casal esteja seguro. Apesar dos riscos da maternidade tardia serem maiores do que aqueles apresentados em mulheres mais jovens, a probabilidade é que a gravidez transcorra sem problemas e os filhos sejam saudáveis, somado a isso o acompanhamento médico adequado, orientando a gestante sobre os exames e cuidados necessários.
Os avanços nas técnicas de reprodução assistida também aumentam a chance de gravidez. Contudo, a ansiedade acaba levando muitos casais a procurarem precocemente o serviço de reprodução humana. Entretanto, especialistas orientam que o ideal é que isso não seja feito antes de um ano de tentativas por meios naturais e orientações do ginecologista ou urologista. Também não convém atrasar a investigação mais detalhada, pois com o passar do tempo a probabilidade de gravidez diminui. Vale ressaltar que a urgência em obter resultados também acaba elevando a chance de gravidez de gêmeos, o que representa riscos adicionais para a mulher. Portanto, é importante que a avaliação seja feita com calma para que seja possível escolher a técnica mais adequada.

Equilíbrio emocional
Foto: Divulgação

Nesse período, o equilibro emocional é outra preocupação necessária no período de pré-natal, onde as futuras mamães aguardam com muita ansiedade pelo resultado dos primeiros exames até confirmarem que está tudo bem com ela e o bebê.
Também outros fatores que contribuem para o nível de ansiedade da gestante são as circunstâncias em que ocorre a gravidez, se era desejada, planejada, se foi festejada e recebida com felicidade pela família, se é a primeira ou se aconteceu abortamentos de repetição ou tratamentos de fertilização desgastantes, interferem consideravelmente na ansiedade da gestante.
Psicólogos acreditam que a ansiedade da mulher pode vir da insegurança sobre o futuro de sua carreira profissional e de como conseguirá conciliar tudo. Já o pós-parto para mulheres aos 25 anos, assusta porque a futura mãe não sabe se vai se sair bem nos cuidados com o bebê e se terá estabilidade financeira para isto.

As delícias da gestação na maturidade
Uma das delicias da gestação aos 35 ou 40 anos, é que a mulher tem mais estabilidade financeira para desempenhar bem a maternidade. Apesar dos medos e inseguranças, especialistas acreditam que as mulheres que engravidam depois dos 35 anos costumam se informar sobre os riscos e tem consciência da importância de seguir o pré-natal corretamente.
Além disso, elas se cuidam melhor e curtem muito os nove meses, acham tudo lindo, gostam de amamentar e vivem intensamente o momento como a melhor fase de suas vidas. Então aproveite o seu momento, redobre os cuidados e seja muito feliz. Veja também no www.revistabemmais.com.br.

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